Música para os ouvidos
Palavras para os lábios
Poema para o sonho
E trabalho para comida
Quem disse que existe um fim?
Quem disse que existe um tema?
A minha vida foi pautada como a uma reportagem.
Quando nascemos entregam-se as pautas.
Ninguém está isento.
Mas a minha se rasgou e não sei pra onde ir,
Eu simplesmente não posso fazer nada
Poderia consultar um documento qualquer, se esse existisse
Algo que me explicasse
Alguma placa que indicasse o caminho
O senso e a direção
“Andando em bravo mar, perdido o lenho”, disse Camões
Se eu traçasse uma linha, o que estaria no início?
O gesto, a crítica ou o sonho?
Talvez fosse o fim.
Eles me disseram que não pode ser assim
Não se pensa dessa forma
Mas rasgou-se o que foi pré determinado
E o plano se foi
Então, não me diga o que ou como pensar
Não me faça agir como mais um
“Escuta, te deixo ser?” Diria Clarice, “ deixa-me ser então”.
Se eu me calar, então outros falarão.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirMórbido?
ResponderExcluirMórbido seria se VC seguisse a pauta...
pq viver o roteiro dos outros com as suas energias é que mórbido. Um verdadeiro assalto.
Rá! Teu pensamento já é vida prórpia!
=P
Rá... também és poeta...
ResponderExcluire nem achei assim tão mórbido isso.
muito bonito Cinthia.
Na verdade acho que o momento era mórbido e quem escreveu tbm estava assim..
ResponderExcluirObrigada!