sexta-feira, 1 de maio de 2009

SÓ MAIS UM POUQUINHO






" Frequentemente eu sinto como se estivéssemos navegando cegamente. Que tal mudarmos nossos passos para consertar essa cena? "

Para quebrar o tédio, como diria uma amiga minha, resolvi começar este post com um vídeo. A música “Saving the world” da cantora australiana Brooke Fraser, que particularmente gosto muito. Ela trata de uma apatia tão próxima de nós, uma falta de ação, com relação a tudo que temos visto, que mora ao lado.

Veja, todos nós adoramos ver na TV novas reportagens sobre aquecimento global e coisas do tipo, ficamos semanas comentando, escandalizados quando uma tragédia acontece. Repassamos e-mails virais criticando grandes empresas que têm poluído e explorado o nosso mundinho. Mas a pergunta que não cala mesmo esta sendo velha é: O que você fez?

Todos, em algum momento da vida ouvimos certa historinha sobre um beija-flor que tenta apagar um incêndio na floresta onde vivia e que pegava fogo. Ele carregava pequenas porções de água em seu bico e consciente de sua pequenez tentava ao menos fazer o seu pouquinho, bom, é melhor que ficar parado.

Esses dias eu me perguntava, qual é o meu pouquinho e qual é o seu?
Hoje, muitas empresas têm feito alguma coisa pelo ambiente e o melhor é que muitas nos permitem colaborar de alguma forma também.
O meu pouquinho pode ser não comprar quase nenhum papel que não seja reciclável.
Consumir produtos que me permitam a possibilidade de refil, diminuindo o impacto que as embalagens plásticas causam no ambiente.

Ninguém precisa consumir carne todos os dias e nem fazer aquele churrasco todo fim de semana, consumindo menos carne, precisamos de menos animais e assim de menos pastos. Dessa forma podemos ficar com nossas florestas, certo?!
Dar um chega pra lá nas sacolas plásticas e caminhar um pouco é sempre bom e não mata ninguém.

Você pode pensar, que coisa mais chata e nada original e isso é verdade. Esse tema nada tem de original, essas considerações nos bombardeiam todos os dias e ainda sim, muito pouco ou quase nada é feito.
Outro dia uma pessoa me perguntou como eu tinha coragem de usar uma folha de caderno tão feia. Bom, eu acho minhas folhas recicladas lindas e sinceramente não há resposta para um comentário tão alienado e insensível.

Eu não sei como terminou a história do beija-flor, não me lembro se ele salvou a floresta ou não, se mobilizou os demais animais ou não. Mas, imagino que quando a noite chegou, ele se aconchegou em algum lugar pra dormir cansado de tanto trabalho e o sono veio leve e a consciência da exaustão pela luta no que acreditava.

Eu também não sei se o meu pouquinho conta muito, se com este post eu mobilizo alguém, o que eu sei é que quando as minhas costas encurvarem, quando eu não tiver mais forças pra trabalho algum, quero me aconchegar tranqüila em algum lugar, eu quero a exaustão de uma vida que valeu a pena e entender que fiz algo por aquilo em que acreditava.
E que a morte venha leve e tranqüila e que eu vá consciente de que nunca fui um peso morto aqui na terra.



Eu posso ficar parada e deixar que pessoas com cargos específicos resolvam, posso gastar minha energia jovem com outras coisas como a maioria faz. Eu posso me alienar e me preocupar mais comigo, por que não? Mas, acontece que eu não quero.


“Então o Senhor Deus pôs o homem no jardim do Éden, para cuidar dele”. Génesis 2:15 a ( grifo meu)

3 comentários:

  1. Suspeito pra falar né...
    Até pq vc sabe o que eu penso sobre essa história. Se cada um fizer sua parte, a natureza não sofre tanto.
    Parabens Cintia Ferreira!
    Belo texto
    Bjo

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  2. Pois é Cíntia, teu post com certeza quebrou o tédio daqueles discursos frios sobre presevar a natureza e blá blá blá... =P
    E, sim, voce mobilizou a mim, e olha que isso não é fácil pq eu sou egoísta rsrsrs....
    inté

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