terça-feira, 20 de outubro de 2009

À MINHA DIVINDADE

Se tem um coisa de que o ser humano sempre necessitou e continua necessitando é o desejo de servir a uma divindade. Especialmente se esta lhe oferece algo em troca de sua servidão.

Em séculos de evolução muitos nomes já foram exaltados, muitos altares levantados e sobre eles entregues o tudo ou o quase tudo de seus fiéis.

Neste século frio e nesta sociedade capitalista e individualista, um novo deus emerge com olhar gélido das profundezas de cada ser. O EU.
Nós somos os nossos próprios deuses, e eles, habitantes de nosso interior têm sede e fome. E trabalhamos pelo nosso prazer e a melhor oferta que damos é a satisfação pessoal. O nosso desejo é uma ordem.

E com essa vontade de crescer diante desses deuses nós pisoteamos e esmagamos o outro. Comercializando sentimentos, plastificando relações, orando para nós mesmos, justificando através de nossa adoração o mal que fazemos.

E em nosso nome, negamos à existência de um ser superior a nós. Porque tememos dar satisfação de nossas atitudes ao encontrá-Lo. Porque odiamos Sua concorrência.

E recitamos todas as noites: “Que seja feita a nossa vontade. Amém.”
E exploramos, humilhamos em ode à nossa divindade.


“Porque o Filho do homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos.” Marcos 10:45

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