terça-feira, 28 de abril de 2009

PENA



O poeta pena quando cai o pano
E o pano cai
Um sorriso por ingresso
Falta assunto, falta acesso
Talento traduzido em cédula
E a cédula tronco é a cédula mãe solteira

O poeta pena quando cai o pano
E o pano cai
Acordes em oferta, cordel em promoção
A Prosa presa em papel de bala
Música rara em liquidação

E quando o nó cegar
Deixa desatar em nós
Solta a prosa presa
A Luz acesa
Lá se dorme um Sol em mim menor

Eu sinto que sei que sou um tanto bem maior
O palhaço pena quando cai o pano
E o pano cai
A porcentagem e o verso rifa, tarifa e refrão
Talento provado em papel moeda
Poesia metamorfoseada em cifrão

O palhaço pena quando cai o panoE o pano cai
Meu museu em obras, obras em leilão
Atalhos, retalhos, sobras
A matemática da arte em papel de pão

E quando o nó cegar
Deixa desatar em nós
Solta a prosa presaA luz acesa
Já se abre um sol em mim maior

Eu sinto que sei que sou um tanto bem maior

O Teatro Mágico
Composição: Fernando Anitelli e Maíra Viana

E aqui, assim, fica o meu protesto
meu pensamento e meu gesto.
Nas palavras que são de outro eu me encontro
e as faço minhas, assim e ponto.

Um comentário:

  1. Ou! Teatro mágico?! Td de baum muié.......
    Eu também sinto que sei que sou um tanto bem maior!
    xD

    ResponderExcluir