sexta-feira, 20 de agosto de 2010

O REFÚGIO SECRETO DE CORRIE

“Precisamos de flores nas janelas”, disse. “Poremos caixas de flores em todas elas. Teremos que tirar o arame farpado, lógico; depois vamos pintar tudo. De verde. Verde claro brilhante – a cor das plantinhas novas, quando ressurgem na primavera.”

Extraído do livro “O Refugio Secreto”.

Esse é com certeza um dos meus livros preferidos. Conta a história de como uma família alemã escondeu muitos judeus que fugiam dos nazistas de Hitler. Eles tinham um pequeno quarto em casa, então Corrie, seu pai e sua irmã tiveram a idéia de colocar ali uma parede falsa com uma pequena e camuflada passagem e então, ficaram protegidos por um bom tempo judeus de várias idades e ambos os sexos.

Mas, não durou por todo o regime opressor essa condição, eles foram delatados ao serviço especial do ditador que prendia e oprimia aqueles que não eram considerados pertencentes à “raça pura”.

Corrie e sua família foram condenados aos mesmos absurdos pelos quais judeus foram, sofreram as mesmas dores, cansaço, fome e humilhação nos campos de trabalho forçado. O pai idoso não resistiu e morreu logo, a irmã veio depois. Então ficou Corrie sozinha?

Essa cristã, alemã, mulher tinha uma fé inabalável e uma folha da Bíblia, livro proibido naqueles dias, a qual lia em secreto e se fortalecia naquelas palavras.
Mais tarde, ao deixar aquele lugar Corrie fundou um Centro de Recuperação para vítimas dos centros de concentração. Mas era pouco. Ela fundou depois um centro para recuperar a saúde física e mental de ex soldados do regime nazistas.

Ela perdoou e ensinou o perdão, unindo mais tarde os dois locais em um. As vítimas de ambos os lados passaram a conviver no mesmo lugar, ensinando e aprendendo, afinal, em um regime totalitário todos são vítimas.
Através de seu testemunho de vida feito em parceria com John e Elizabeth Sherrill e publicado em 1971, ela tem espalhado mensagens de esperança e perdão a todo mundo através de seu livro.

Ela era alemã, ela tinha a tal da “raça pura” e não precisava passar por isso, mas porque passou? Só o amor ao próximo pode justificar determinadas atitudes. Esse, creio eu, é o verdadeiro significado de viver em sociedade, cada um ajudando com o peso do outro, compartilhando como irmãos o sal e o trigo.

Que refugio secreto eu posso criar para abrigar ou proteger (no sentido figurado, claro) alguém que realmente precise? Por amor ao próximo, o que eu posso fazer para pelo menos tentar resolver ou amenizar as coisas? Não se concentrar nos próprios probleminhas e um pouco de amor resolve, eu ainda acredito nisso.

Recomendo muito esse livro, há também o filme gente. Vale a pena.
Até o próximo post pueblo!


“Porque era assim que a humanidade devia ser de acordo com o plano divino: como os músicos de uma única orquestra, como os órgãos de um único corpo."
... C. S. Lewis...

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